segunda-feira, 22 de abril de 2013

flores de plástico não morrem.

te mantenho vivo e confortável deitado no colo do meu passarinho azul. talvez você nunca saia, talvez esteja batendo asas agora mesmo. hora sorrio por te ter, outrora consinto. acho que consentir é maior que sorrir. consentir te aquece mais, e, consequentemente, me aquece também. te tenho, assim como tenho a moça de olhos-pobres que encontrei no metrô. não a conheço, não conheço você, mas os tenho.
tenho, e não quero que se perca de mim, que nos percamos.
fica - inconsciente, indiretamente ou entorpecido. fica hoje e na próxima lua também. você e o passarinho se dão bem, quase são parte de um todo.
o passarinho sou eu e às vezes partilhamos o mesmo voo. você nem vê porque o vento cega suas palavras, mas estou aqui.
hiatos à parte, livros também.
aceito sua esquizofrenia, aceita meu silêncio.
consente.

post scriptum: abri meu túmulo e você não vai acreditar o que encontrei:
flores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário