te mantenho vivo e confortável deitado no colo do meu passarinho
azul. talvez você nunca saia, talvez esteja batendo asas agora mesmo. hora sorrio
por te ter, outrora consinto. acho que consentir é maior que sorrir.
consentir te aquece mais, e, consequentemente, me aquece também. te
tenho, assim como tenho a moça de olhos-pobres que encontrei no metrô.
não a conheço, não conheço você, mas os tenho.
tenho, e não quero que se perca de mim, que nos percamos.
fica
- inconsciente, indiretamente ou entorpecido. fica hoje e na próxima
lua também. você e o passarinho se dão bem, quase são parte de um todo.
o passarinho sou eu e às vezes partilhamos o mesmo voo. você nem vê porque o vento cega suas palavras, mas estou aqui.
hiatos à parte, livros também.
aceito sua esquizofrenia, aceita meu silêncio.
consente.
post scriptum: abri meu túmulo e você não vai acreditar o que encontrei:
flores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário