febe,
eu me lembro de quando assisti lost in translation.
a sofia coppola me pegou pela ferida. era bem tarde,
quase cedo, e acabou o filme. nem me recordo muito
os detalhes, só ficaram as imagens de tóquio e de uma
peruca rosa. e eu quis berrar. berrar tão alto que acorda-
ria até a mim. eu quis andar a cidade inteira com as per-
nas. porque senti o maior sufoco dos meus anos. senti
meu corpo minúsculo, como de fato é. não sei, acho que
aqueles prédios iluminados e as ruas iluminadas e os te-
lões que iluminavam entraram em contraste com o breu
do meu quarto. foi uma tristeza que só, não tinha nenhu-
ma válvula de escape. era como se tivessem posto a mim
num saquinho plástico e evacuado o ar. e eu nunca conse-
gui sair dele.
ria até a mim. eu quis andar a cidade inteira com as per-
nas. porque senti o maior sufoco dos meus anos. senti
meu corpo minúsculo, como de fato é. não sei, acho que
aqueles prédios iluminados e as ruas iluminadas e os te-
lões que iluminavam entraram em contraste com o breu
do meu quarto. foi uma tristeza que só, não tinha nenhu-
ma válvula de escape. era como se tivessem posto a mim
num saquinho plástico e evacuado o ar. e eu nunca conse-
gui sair dele.
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