segunda-feira, 15 de setembro de 2014

depois de amanhã

quando chegar outubro

vai fazer um ano

que eu olho com saudade pro seu fuzz

e com ingenuidade, ah,

ingenuidade

de não conhecer seus pés indo e vindo

no ritmo de nós.

e aí

quando entrar outubro

vão faltar uns três meses

pra eu discar o número que tá anotado naquele guardanapo

lá do bar atrás da rodoviária,

o número que dá pra sentir você

do outro lado da linha

respirando cansado.

na hora que você atender

é claro que eu vou lembrar

desse um ano

e uns quebrados

de espera.

ô, meu deus, um ano

só pra te dizer

meu bem, tô no metrô
vem

e levar um bolo azul que nunca fiz

mas que pra você

eu faço

e rio.




ya

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