guardei (sem ter porquê, nem por razão, ou coisa outra qualquer)
no fim das estradas esburacadas de mim
todo
- todo -
o veraneio, devaneio e anseio que inventei no seu nome.
ninguém passa pelas minhas estradas esburacadas.
elas não são
convidativas, e foi
por isso
que eu te guardei onde só se chega
através delas.
no fundo, inserido, depois da pele, dos ossos, das células,
entranhas,
átomos, cânceres,
segredos
e
velhos amores.
quando,
por acaso ou desventura,
sinto que não há
nada mais
em mim,
você grita daqui,
do fundo,
e eu percebo que há,
que sempre vai haver,
você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário