Vi você sorrir.
Para mim.
Então,
não entra nos labirintos estreitos e ásperos da fuga dos meus braços quando falo de amor,
não finge achar graça dos meus dedos que te afagam cuidadosamente
e raramente
a nuca.
Sei dos seus arrepios.
Nós, briga de cachorro grande.
Não diz que seu escudo é impermeável,
que a hora adiantada do relógio de ponteiro da sua parede não me cabe,
e,
muito menos, que o veneno das suas flores mata. Ele só alimenta minha fome.
Não foge.
Pode gritar, não adianta, eu vi você sorrir.
Yasmin Diniz
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